Devoir de Philosophie

A GÊNESE DO CAPITALISMO E CONEXÕES COM O INDIVIDUALISMO

Publié le 15/06/2013

Extrait du document

FACULDADES SANTO AGOSTINHO- FASA EDSON ANTUNES QUARESMA JÚNIOR A GÊNESE DO CAPITALISMO E CONEXÕES COM O INDIVIDUALISMO Artigo apresentado no I Congresso Norte Mineiro de Administração. Montes Claros 2009 2 A GÊNESE DO CAPITALISMO E CONEXÕES COM O INDIVIDUALISMO Edson Antunes Quaresma Júnior* RESUMO Entre as referências principais da vida humana, se encontram o capitalismo e o individualismo. Estes, por sua vez, são oriundos dos mais diversos contatos das pessoas com escalas sociais específicas, em dimensões de espaço tempo particulares. A realidade se influencia então de um reflexo das introjeções de valores capitalistas, mas representados individualmente. Neste sentido, a conexão destes dois elementos teve que percorrer determinados caminhos para encontrar-se na contemporaneidade. Este artigo visa lançar algumas possibilidades de elementos que contribuíram para este enlaçamento. Palavras chave: Individualismo, capitalismo, gênese, contemporaneidade. ABSTRACT Between the principal references of the human life, the capitalism and the individualism are. Those, for its time, are originated from several contacts of the persons with social specific scales, at particular dimensions of space time. The reality influence itself from a reflex of capitalists" values, introjections, but with a individual representation. So, the connection of these both elements had to have gone from specific ways to found itself as it is at contemporaneousness. The article tries to launch some possible contributed elements to that attachment. Key words: Individualism, capitalism, geneses, contemporaneousness. * Professor e das Faculdades Santo Agostinho, Montes Claros. Mestrando em Educação, Cultura e Organizações Sociais pela UEMG/FUNEDI. 3 INTRODUÇÃO Assim como diversas características do contemporâneo, o individualismo se encontra (mas não somente neste momento, muito menos apenas através dos pensadores contemporâneos) em contínuo desenvolvimento conceitual. São perceptíveis características do individualismo em momentos diversos do cotidiano humano e estes atributos têm certa capacidade de interface com diversos outros matizes. Mas algo torna a analise sobre o tema extremamente relevante: sua capacidade de contrapor valores coletivos e individuais, mesmo tendo sido construído também socialmente. Algo construído na sociedade e que pode, em alguns momentos induzir o sujeito a uma direção contrária ao coletivo. Além dessa possibilidade, o individualismo se encontra conectado numa rede de vinculações que reforçam a partir de cada parte a existência das outras na sociedade, numa intrincada e complexa inter-relação com o sistema social no qual estão subscritas, com estes elementos contemporâneos interferindo sobremaneira no cotidiano dos indivíduos e na sociedade em suas micro ou macro visões. Também por isso, para além de estar presente, de acordo com Velho (1999) o individualismo encontra na sociedade atual, o tempo-espaço em que aparecem com maior peso e ou dominância, as instâncias de individualização. Neste artigo se pretende averiguar uma dessas possíveis instancias: o capitalismo. ANÁLISES SOBRE O INDIVIDUALISMO Enquanto conceito de individualismo, Dukheim (1999) aponta a evidenciação do individuo em detrimento da sociedade, denotando a ausência de vínculos daquele em relação à esta através da demonstração de uma personalidade individual diferenciada da coletiva. Giddens (1998) percebe uma distinção clara e subjacente às primeiras obras de Durkheim como se referindo "a qualquer ramo da filosofia social que conferisse ao ,,indivíduo" alguma forma de primazia sobre a sociedade" ( Giddens, 1998, p. 148). Outro autor que tentou definir esta característica foi Tocqueville (2000), que delimita: "o individualismo é um sentimento refletido e tranqüilo, que 4 dispõe cada cidadão a se isolar da massa de seus semelhantes (...)" (Tocqueville, 2000, p. 19). Ou ainda Dumont (1985), que afirma: "Designa-se por individualista (...), uma ideologia que valoriza o indivíduo, (...) e negligencia ou subordina a totalidade social" (Dumont, 1985, p. 279). Poderia parecer evidente nas afirmativas dos autores um conceito que trata do individualismo enquanto uma atitude, alguma forma de contraposição do individuo em relação à sociedade. Poder-se-ia pensar o individualismo, colocando as argumentações em uma ordem lógica, enquanto uma atitude pessoal que visa à contraposição ou a desconexão individual em relação à coletividade, de tal maneira que este poderia se isolar ou ter pressupostos contrários à sociedade. No entanto, o conceito tratado por Dumont (1985), ao contrário de Tocqueville (2000) e Durkheim (1999) não define o individualismo desta maneira. Este autor percebe que, antes de haver uma contraposição, ou alguma forma de negligência, existe uma ideologia, uma formatação social coerente. A visão de alguns autores contemporâneos demonstra o individualismo não como um valor que gera contraposição ferrenha entre individuo e sociedade. Vêem de maneira mais complexa, como Velho (1999) que percebe o contexto individualizador como aquele em que se focaliza o indivíduo biológico como unidade em torno da qual se desenvolve um sistema de referencias e não um valor em detrimento a outros. Ou Elias (1994), que acredita no individualismo enquanto a culminância de um processo de autoconsciência de pessoas, que foram obrigadas a adotar um grau elevadíssimo de refreamento, controle afetivo, renuncia e transformação dos instintos, e que estão acostumadas a relegar grande número de funções, expressões instintivas e desejos a enclaves privativos de sigilo, afastados do olhar do ,,mundo externo", ou até aos porões de seu psiquismo, ao semiconsciente ou inconsciente.(ELIAS, 1994, p. 32) Para este autor, é a tensão entre duas esferas internas do individuo (por um lado ordens e proibições sociais que a pessoa introjeta como se fossem seu autocontrole e por outro os instintos ou inclinações recalcados ou não controlados) que levam o indivíduo a achar que existe internamente, sem relações com os outros, do lado externo. 5 Ainda na perspectiva de Elias (1994), o reflexo teórico do intenso conflito que algumas pessoas sentem internamente, é projetado pela sua consciência no mundo, como um abismo existencial e um eterno conflito entre indivíduo e sociedade, que na verdade se trata de uma balança entre as percepções "nós-eu" (particular e coletivo), e tende neste momento para uma centralização maior do individuo, mesmo que a observação do "nós" seja também existente. Já Gouveia (2003), analisa através de estudos realizados pela chamada "Psicologia Trans-Cultural", que o individualismo deve ser tratado por meio de escalas multifatoriais, existindo tipos específicos de individualismo. Como exemplo, pode-se perceber o protoindividualismo, que para Triandis (1995), se caracteriza através dos sujeitos "batalhadores", típico em sociedades de caçadores e pescadores e que realizam suas atividades com independência das demais. Na atualidade, segundo o mesmo autor, seria importante para dimensionar culturas com claras demarcações econômico-sociais, como no caso do Brasil. Outra possibilidade seria tratada em Parsons (1959-1976)1 apud Gouveia (2003), que trata do individualismo...

« 2 A GÊNESE DO CAPITALISMO E CONEXÕES COM O INDIVIDUALISMO Edson Antunes Quaresma Júnior * RESUMO Entre as referências principais da vida humana , se encontram o capitalismo e o individual ismo .

Es tes , por sua vez, são oriund os dos mais diversos contatos das pessoas com escalas sociai s espec íficas, em dimensões de espaço tempo particulares. A realidade se influencia então de um reflexo das introjeções de valores capitalistas , mas representad os individualmente .

Neste sentido , a conexão destes dois elementos teve que percorrer determinad os caminhos para encontrar -se na contemporaneidade .

Este artigo visa lançar algumas possibilidades de elementos que contribuíram para este enlaçamento. Palavras chave: Individualismo, capitalismo , gênese , contemporaneidade.

ABSTRACT Between the principa l references of the human life, the capitalism and the individual ism are.

Those, for its time, are originated from several contacts of the persons with social specific scales, at particular dimensions of space time .

The reality influence itself from a refl ex of capitalists‟ values, introjections, but with a individual representation .

So , the connection of these both elements had to have gone from specific ways to found itself as it is at contemporaneousness .

T he article tries to launch some possible contrib uted elements to that attachment. Key words: Individualism, capitalism , geneses , contemporaneousness. * Professor e das Faculdades Santo Agostinho , Montes Claros.

Mestrando em Educação, Cultura e Organizações Sociais pela U EMG/FUNEDI.. »

↓↓↓ APERÇU DU DOCUMENT ↓↓↓

Liens utiles